O problema não é a ligação — é como ela está sendo feita. Descubra o que mudou o jogo em 2025.
“Coldcall não funciona mais.”
Essa é a frase que muitos vendedores repetem… até verem um colega agendando 12 reuniões por semana só com ligação.
A verdade é que o problema não é a coldcall.
É a forma como ela tem sido feita.
Ligar sem contexto, sem preparo e com um pitch genérico é o equivalente comercial de empurrar panfleto no semáforo: ninguém quer ouvir, ninguém lembra, ninguém responde.
Mas existe um outro caminho.
Um caminho que combina contexto, estratégia, técnica e abordagem consultiva.
Hoje, vou te mostrar como nossa operação duplicou a conversão de coldcalls em 2025, com práticas simples, aplicáveis e que qualquer pré-vendedor — do júnior ao sênior — pode implementar ainda essa semana.
Etapa 01 – Pare de soar como um robô
A maioria das ligações frias começa assim:
“Oi, tudo bem? Meu nome é João, sou da empresa XYZ e estou ligando pra falar sobre uma solução que pode ajudar a sua empresa…”
Resultado? O cliente desliga antes dos 10 segundos.
Em 2025, as pessoas estão mais ocupadas e impacientes.
A tolerância para ligações genéricas é zero.
Então como fazer diferente?
- Comece com contexto. Mostre que não é uma ligação aleatória.
- Traga um ponto específico da empresa ou do setor do lead.
- Seja breve e direto.
Exemplo:
“Oi, João, tudo certo? Eu vi que vocês anunciaram uma expansão no time comercial e estão com 5 vagas abertas. Estou te ligando porque a gente tem ajudado empresas em expansão a melhorar o ramp-up dos vendedores — queria te fazer uma pergunta rápida sobre isso.”
Isso muda o jogo. Em vez de um pitch, você gerou curiosidade.
Agora sim o lead quer ouvir.

Etapa 02 – Trate a ligação como uma conversa, não como um pitch
A função da coldcall não é vender.
É abrir uma conversa de valor que leve à próxima etapa.
Vendedores que tratam a ligação como uma pesquisa consultiva convertem mais.
Eles perguntam. Escutam. Ajustam o discurso ao vivo.
Fazem o lead pensar.
Boas perguntas para desbloquear a conversa por setor:
- 🏭 Indústria / Distribuição
“Como vocês têm lidado com a previsibilidade de pedidos nos canais indiretos ou representantes?” - 🏥 Saúde (clínicas, hospitais, laboratórios)
“Hoje vocês têm conseguido manter uma boa taxa de ocupação da agenda médica, mesmo fora da alta sazonalidade?” - ⚖️ Advocacia / Jurídico Empresarial
“Sabendo das limitações do marketing jurídico, qual tem sido a principal fonte de novos contratos no escritório?” - 🏢 SaaS / Tecnologia
“O churn de clientes está mais ligado a preço, engajamento na plataforma ou falta de uso?” - 🏫 Educação / EdTech
“A taxa de evasão tem sido acompanhada de perto? Alguma ação ativa para reverter cancelamentos recentes?” - 🏡 Imobiliário / Construção Civil
“Vocês têm enfrentado algum desafio com a liberação de crédito para os clientes que reservam os imóveis?” - 📦 E-commerce / Varejo digital
“O maior desafio hoje está na aquisição de novos clientes, na recompra ou na gestão logística?” - 🏛️ Serviços Públicos / Vendas para Governo
“O processo de participação em licitações já está 100% estruturado ou vocês ainda perdem oportunidades por causa de documentação ou prazo?” - 🧾 Financeiro / Contabilidade / Seguros
“Hoje o cliente entende com clareza o valor do serviço ou vocês sentem que ainda há muitos questionamentos sobre o custo mensal?”
Essas perguntas abrem espaço para uma conversa real — e não uma venda forçada.
É como aquela conversa entre amigos: você não começa dizendo “tenho uma solução pra você”. Você escuta, entende, e só depois sugere algo.
Nesse ponto, tenho duas dicas para você:
🎧 Dica 1:
Use o tom de voz de quem está realmente interessado.
A coldcall que converte não soa como um atendimento — soa como alguém que conhece o cenário e está disposto a ajudar.
📌 Dica 2:
Customize a pergunta conforme o porte e momento da empresa (ex: startup, empresa familiar, multinacional, etc.). Isso eleva ainda mais a taxa de conexão.

Etapa 03 – Fluxo multicanal: a ligação não vem sozinha
Em 2025, o coldcall puro (ligar do nada, sem preparo) está morto.
O que funciona é o follow-up multicanal, ou seja:
- O lead já viu um e-mail seu.
- Já recebeu uma conexão no LinkedIn.
Já viu você curtir ou comentar algo da empresa dele.
A ligação deixa de ser “fria”.
Vira, no máximo, “temperada”.
📌 Exemplo prático de sequência que usamos com sucesso:
- Envio de conexão no LinkedIn com nota personalizada.
- E-mail com dor + case do mesmo segmento.
- Comentário em um post da empresa.
- Coldcall no dia seguinte.
Resultado?
Leads mais receptivos.
Conversas mais qualificadas.
Agenda mais cheia.

Etapa 04 – Mude a métrica que você persegue
Muitos times avaliam a coldcall pela quantidade de ligações feitas.
O foco precisa ser outro: ligações boas, com contexto e taxa de conversão por abordagem.
Se você ouve seu time falando “fiz 100 coldcalls hoje” — e não sabe quantas geraram uma conversa real — o problema não é esforço, é foco.
📌 O que acompanhar de verdade:
- Conversões por canal (ligações com retorno real).
- Ligações com tempo médio > 2 minutos.
- % de coldcalls que viraram reuniões.
- Reuniões geradas por dia útil, por rep.
É como treinar para correr. Não importa quantos quilômetros você rodou, mas quanto de qualidade teve em cada treino.
Coldcall funciona. Desde que seja inteligente.
Você não precisa de um “milagre de copy” para converter mais.
Precisa de processo, personalização e preparo.
Resumo tático para aplicar já na sua operação:
- Traga contexto na abertura da ligação.
- Conduza a conversa com escuta ativa e perguntas de diagnóstico.
- Trabalhe sua cadência de coldcall em conjunto com outros canais.
- Meça a qualidade das calls, não o volume bruto.
- Nunca entregue um pitch genérico. Construa pontes com a dor real do lead.
Fazer isso consistentemente vai colocar você — ou seu time — entre os top 10% em conversão via ligação no mercado.
























